A dança de roda, trazida ao Brasil pelos imigrantes é um dos folguedos encontrados em todo território nacional e tem grande importância nas diferentes linguagens da arte. Encantamentos do cotidiano de crianças e adultos estão registrados no cancioneiro popular, na literatura, no teatro, na escultura, na pintura e também nos bordados.
A roda sempre marcou presença nos festejos ao longo dos tempos. Na história das civilizações as danças de roda estiveram ligadas a celebrações e seus diferentes significados como o desejo de compartilhar alegrias de forma amorosa e ingênua. Comemorações religiosas, ou mesmo pelos nascimentos, casamentos, nos festejos e vibração pelas águas das chuvas, fogo, terra em sua circularidade da abundância, desde o preparo da terra ao plantio e colheitas.
No mundo infantil e no adulto a ludicidade das brincadeiras de roda trazem a possibilidade de convivência, do corpo em movimento, das descobertas, de experimentar brincar. No Brasil temos a Ciranda, o Coco, as Folias de Reis, Samba de Roda, dentre outros.
Momentos de alegrias e descontração vividos até hoje, quando o gesto simples de dar as mãos e formar um círculo aproxima, revitaliza energias, acolhem o outro. No círculo todos somos iguais, e esta representação lúdica e singela está muito presente na obra do Grupo Matizes Dumont.
Hoje apresentamos um dos nossos registros deste cativante círculo de união na tela bordada Cirandeiras, que é uma das releituras de um dos inspiradores estudos de Cândido Portinari para o Painel Paz.
O mestre brasileiro da pintura criou entre 1952 e 1956 vários estudos para a elaboração de dois grade painéis encomendados ao artista pelo Presidente Juscelino Kubitschek para presentear a ONU. As duas obras de enorme tamanho receberam o nome de Guerra e Paz, e encontram-se instaladas até hoje no mesmo prédio. Abaixo foto dos painéis no Theatro Municipal do RJ.
O filho do pintor, João Candido, disponibilizou centenas de estudos para a pesquisa para a nossa coleção do bordado celebrando a Paz. Demóstenes encontrou surpreendentes e ligeiros traços de Candido Portinari colorindo movimentos e a lápis, em preto, azulados, sépia, ocre, branco, verde – perfeitos para nosso trabalho!
Foi um bordar intenso, que durou dois anos. Ligeiras, as agulhas e linhas tomaram o pano de tear com alegrias que recriamos a partir dos traços de “Candinho.” Sugerem a leveza, a graça e o movimento da interpretação agora uma outra Dança de Roda que é a obra “Cirandeiras”.
“Cirandeiras” integra a coleção Coração em Paz, foi bordada entre 2008 e 2010 para exposição por ocasião das vinda dos Painéis Guerra e Paz ao Brasil para restauro e exibição aos brasileiros. Os bordados foram exposto simultaneamente aos Painéis Guerra e Paz em Exposição na CAIXA Cultural/RJ em dezembro de 2010 e em Belo Horizonte na reinauguração do Cine Theatro Brasil em 2013.
Criada sobre tecido rústico com fios artesanais em lã e algodão que definem espaços, criam volumes, movimentos, a obra tem forte apelo à cultura popular brasileira e às cores da nossa gente.
Belíssimo documentario!!
Acho maravilhoso esses painéis
Otima divulgação sobre a arte brasileira
Uma verdadeira ora de arte, delicada, e com cores fortes, marcantes em seus detalhes. Parabéns.
Tive a oportunidade de visitar estas exposição de grande beleza
Parabéns. Obras de arte inspiradora. Gostaria de indicar mais uma coleção que seria um sucesso
Parabéns pelos excelentes trabalhos. Gostaria de ter o contato da Ângela, com quem trabalhei por anos no Ministério da Saúde.
Parabéns pelo conteúdos e pelos trabalhos belíssimos. Obrigada!❤️❤️❤️
Este trabalho de grandes artistas foi e é para mim o encantamento, a beleza, a leveza de encontros e histórias humanas. O resultado de encontro divino com este artistas
Delicadeza criatividade ímpar!!! Parabéns.
Gentennnnnn, hoje produzi um texto sobre pedagogia da autonomia e fiz ilustrações com as imagens daqui. Gostaria muito, muito de fazer a referência certa. Se puderem, me orientem como querem ser identifiadas. Foi um ajuntamento de emoção e arte… fantásticas