O bordado livre: uma mistura de técnica, amor e ousadia

Como fazer um bordado misturando técnica e ousadia? Bordado livre é a resposta. Mas essa liberdade não cai do céu. É uma conquista. Como assim? Existe um passo a passo lógico.

Primeiro aprendemos uma técnica e depois ousamos transcender essa técnica nas asas da liberdade criativa. Casar técnica e ousadia exige jogo de cintura. Para você que está procurando ir além do bordado clássico, podemos dizer que só o amor pela arte garante um bom casamento entre técnica e ousadia, duas coisas aparentemente opostas.

Principais aspectos sobre o bordado livre

Foto de Luara Baggi

Foto de Luara Baggi

Vamos conversar aqui a respeito dos principais aspectos do bordado livre. Um dos mais interessantes é tentar compreender como se pode misturar dois reinos tão diferentes quanto a técnica e a ousadia.

Quando se fala em técnica, o que lembramos? Modo de fazer. Desenvoltura, agilidade. Conjunto de procedimentos. E a palavra ousadia, o que nos faz lembrar? Desembaraço. Atrevimento. Transgressão. Coragem de enfrentar o imprevisto.  Logo, se técnica tem a ver com procedimento, ousadia é atitude.

Construir uma ponte entre os mundos da técnica e da ousadia é o que nós, Grupo Matizes Dumont, fazemos em nossos bordados, justamente por nossa maneira de ver e estar no mundo. A experiência nos ensina que é impossível conectar a rigidez da técnica com a flexibilidade da ousadia sem o toque mágico do amor pela arte ou sem a vontade de criar algo novo na vida. Sem técnica ficaríamos perdidos em repetições cíclicas. Sem ousadia não haveria espaço para o novo. Mas o que é a técnica?

Foto de Luara Baggi

Foto de Luara Baggi

Lembra quando dissemos que técnica e ousadia são “aparentemente” opostas? Na verdade, elas se complementam. É o domínio da técnica e a flexibilidade da ousadia que nos dão segurança e liberdade para abrir janelas de criatividade.

 

Primeiros cuidados

Ao sentar para bordar, fique atenta aos procedimentos que devem ser observados, para o bem do seu bordado e da sua postura. Procurar uma cadeira confortável, pegar o pano (com ou sem bastidor, depende de seu jeito), manipular corretamente a agulha, mantendo-as em agulheiro ou organizar a caixa de linhas por tons para facilitar as escolhas são algumas das técnicas que contribuem na organização criativa e na vida de bordadeiras. Embora simples, são procedimentos que garantem não apenas segurança e prazer, mas também um melhor aproveitamento do tempo.

Sávia Dumont em oficina de bordado

Próximo ponto

Depois vêm as técnicas relativas aos pontos de bordado propriamente ditos. Cada ponto tem um nome e não é por acaso. Sempre tem algo a ver com a aparência do ponto ou com uma historinha que justifique seu nome. Investigue essas histórias, pesquise as culturas que usam mais esse ponto de bordado, leia sobre a história da arte do bordado à mão, mergulhe no imaginário do bordado livre sem reservas. Lá na frente você vai entender por quê.

Repita, insista nos tipos de pontos de bordado previamente selecionados, dando preferência aos traçados simples. Em pouco tempo será possível bordar temas mais complexos e que exijam mais de sua técnica, até sentir que tem domínio sobre ela. Como identificar esse momento? É quando a agulha passa a deslizar pelo pano sem que sua mente fique buzinando: “será que está certo? Será que está torto? Será que isso e aquilo?”.

E a ousadia, onde fica?

Mão bordando flor

A ousadia sempre vem de mansinho. Aquele mergulho no imaginário dos bordados nutre algo interno que nem sabemos nomear. Quando você menos espera, uma voz interna começa a questionar: ‘e se essa linha aqui der duas voltas em vez de uma? E se eu interromper este ponto no meio desse traço e continuar depois com outro ponto? E se, e se, e se… Assim é a voz da ousadia que atravessa confiante os mares de medos e inseguranças. Tudo em nome da beleza, claro. Você ousa e vê que ficou bom. Se não ficou, puxa o fio e desmancha. Crie. Recrie. Recomece.

Lembra quando dissemos que construímos pontes em tudo que fazemos por nossa maneira de ser e estar no mundo? O segredo da construção dessas pontes é ser capaz de sair de um ponto e chegar a outro, equilibrando técnica, ousadia e criatividade. E de onde vem a criatividade? Seja de onde for, lá existe amor. Por isso dizemos que, sem amor à arte, o bordado esfria na técnica ou desanda na ousadia. Uma notícia boa é que todos temos um ser criativo dentro de nós. Podemos despertá-lo ou não.

O que fazer para aproximar-se da sua criatividade?

Pés em bordado

Essa pergunta dá muito pano pra manga, como diz o mineiro. Vamos falar de criatividade muitas vezes aqui. Por hoje é o seguinte, para trazer à tona seu lado criativo, o bordado livre é um caminho bom e agradável no universo das manualidades. Dizem que o primeiro passo é a metade do caminho. Técnicas para dar os primeiros e muitos outros pontos de bordado você pode encontrar aqui com a gente. Mas dar o primeiro passo é uma ousadia que só pertence a você.

 

 

 

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8 Comentários

  1. Waldivia Moura

    Bordado é uma terapia, nos faz sentir vivo em criar peças que alegram as pessoas como tbm nos faz sentir vivas e criativa… amo bordar mas já faz bastante tempo que não pego em bordado.

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  2. Vera leci Barbosa Cardoso

    Oi adoro bordar ,aprendi com minha mãe eu tinha 8 anos hoge 71 sempre aprendendo pontos mais moderno

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    • Maria lucimar Rufino Martins

      Tenho muita vontade de aprender e vou conseguir

      Responder
      • Regina Melo

        Só bordava ponto de cruz que me foi ensinado por minha mãe.

        Agora aventurei o bordado livre e estou amando. Vale a pena arrumar um tempo para bordar.

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      • LUCIMARI R D FARIA

        Com certeza, vai aprender! E com Matizes Dumont, posso te garantir. Eu estou aprendendo, amando, vibrando de alegria. Confia. E vai!

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  3. Maran caribe

    Como descreveu tão lindo.sobre o bordado livre.Gostaria de conhecer de perto um trabalho.de vcs.Sao.encantadores e apaixonantes.Um abraço com carinho .

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  4. Maria Aparecida

    Não sei nada de bordado. Tem como aprender j

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  5. Marileuza Marques

    Estou começando a bordar, adoro matizes Dumont, da muita força para quem começa no bordado livre

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