Árvores e meninos são quase inseparáveis em nossa obra, porque fazem parte da nossa história. E tem coisa melhor do que subir em árvores, encantar-se com suas folhas e floração? descobrir os frutos e dar aquela provadinha para ver se está madurinho? Saber ou ser “fruto no ponto” é aprendizado suave do tempo e com o tempo, é algo sutil e que se aprende entre cores, sabores, cheiros!
“Às vezes dá vontade
de agarrar a vida
com uma duas
dez mãos
e levar à boca
e trincar nos dentes
como uma fruta
no ponto.” Roseana Murray
Na tela Menino da Árvore que trazemos hoje, bordamos representações do “estar no ponto” que (re)apresentam o sentido de crescimento espiritual, de estar pronto e de frente para a vida a ser vivida intensamente.
Ao olhar para o risco inicial do menino com sua árvore da vida empunhada com firmeza e coragem decidimos bordar um ser em movimento de expansão. E é por isso que a árvore está povoada com frutos do inesperado sob o olhar atento da lua crescente.
Esta obra faz parte de uma coleção criada especialmente para ilustrar a palavra de Carlos Rodrigues Brandão em seu livro “Céu de Passarinhos, de Ed. Cia das Letrinhas. São todas muito simbólicas, mas escolhi para hoje o Menino da Árvore.
Bordada com linhas de algodão e seda sobre linho com áreas aquareladas por Demóstenes. Os fios do chão do menino foram bordados com movimentos da experiência de alguém em bela e divertida caminhada. A cor suave do suporte em
verde-água cria contrastes entre marrons que brincam de ser mostarda, amarelo iluminando os azuis para ser fruta no ponto.
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