Vou trazer alguns pontos que permitem reflexões sobre o saber estético e artístico, tais como nossa percepção, produção e apreciação na arte do bordado.
Percepção, imaginação e liberdade
A arte pode ser uma forma de transformação da experiência do vivido em objetos que demonstrem sensação, percepção e imaginação. A arte acompanha assim a evolução pela qual o mundo passa.
A arte é plural, mesmo que o artista se inspire em tradições e ícones do passado – ainda assim ele inaugura algo novo por ser livre e autossuficiente.
Inventibilidade e aliança entre arte e natureza
A Inventibilidade é algo importante na criação de algo novo. Cópias tolhem e são piores que o original. Crie você mesmo, solte sua imaginação, pratique uma aliança entre arte e natureza! Experimente a arte por toda parte, dentro e fora de museus, entre alvas paredes das salas e entre delicadezas.
Teatro, dança, música, pintura, poesia, literatura, tecelagem, cerâmica e os bordados, claro!
Viva a poesia, a fantasia, inspire-se numa volta às fontes!
Fontes primitivas. Como disse Vitor Hugo “É a mesma seiva espalhada pelo solo que produz todas as árvores da floresta, tão diversas quanto ao porte, aos frutos e a folhagem. É a mesma natureza que fecunda e nutre aos gênios mais diferentes”.
Observe os gênios da pintura e da arte em geral. Esse convívio vai fazer bem a você e servir de inspiração.
E o bordado?
O bordado é feito de ritmos, das experiências, crenças, sensações da bordadeira (o). O produto criado está impregnado de histórias do vivido.
Mesmo que a pessoa que borda não tenha a intensão de dizer algo, no momento exato os dedos perfuram a trama do tecido, fluem, contradizem, transfiguram o campo a ser bordado e criam algo novo.
Permita-se escolher suas próprias fontes e cores, percorra as linhas do encantamento.
Todos somos capazes de produzir trabalhos belos, harmoniosos e até mesmo sublimes. Acredite! Isso é possível, desde que deixe sua sensibilidade e ousadia brotar!
O exercício da arte de bordar (como em todas as artes) é solitário e ainda assim pode ser coletivo, o que enriquece a experiência.
Nos múltiplos momentos podemos nos maravilhar com o poder da criação; seja como autores, espectadores, somos convidados a ser um e todos, e principalmente a viver o presente.
Por isso: carpe diem (ou curta o momento) ao fluir e fruir do seu momento de convívio com a arte!
Demóstenes Dumont Vargas Filho
quanto mais vejo os vossos trabalhos………………mais me apetece………………………..ver…….olhar……………….é simplesmente maravilhoso a inspiração, a cor os pontos……………não tenho mais palavras para descrever, aquilo que sinto, perante tanta ARTE.
Abraços e felicidades!
linaleal.
Texto inspirador! … histórias do vivido…bem isso, muitas vezes buscamos inspiração em tempos passados, em histórias que vivenciamos…adorei!
Estou esperando o curso de bordados para iniciantes
Muito bom ouvir as palavras de Demóstenes! Na oficina borde árvores, não tinha como imprimir o risco, então ousei desenhar algumas árvores em forma de mandala e foi tão bom e intenso que estou na décima segunda, num processo criativo de pesquisa, onde vou fazendo trios e modificando técnicas, intensões. Usei tecelagem, renda e agora elementos naturais como florezinhas secas, raminhos. Descobrindo novos caminhos! Obrigada pela inspiração e dedicação da família em formar artistas têxteis do bordado!!!
O texto do Demóstenes é uma preciosidade!
Ele nos dá a sensação da liberdade em nossas obras!
Ao voltar nossos sentidos ao que nos rodeia. quanta cor, beleza e natureza! Gratidão!
O texto do Demóstenes é uma preciosidade!
Ele nos dá a sensação da liberdade em nossas obras!
Ao voltar nossos sentidos ao que nos rodeia. quanta cor, beleza e natureza! Gratidão!