Dança da Vida – ou Danças que a Vida Tem!

A dança da vida andam por aí ligadas ao mesmo movimento – movimento apaixonado de estar com inteireza na vida.  

Obra Encantamentos. Grupo Matizes Dumont. 2014.

Obra Encantamentos. Grupo Matizes Dumont. 2014. Clique Aqui Para Acessar a Obra.

A vitrola comprada no Dedeco toca  “mambo”, “rumba” ou bolero lero… lero… lero! No piso de tijolos da casa de Vó a dança é um hábito cheio de paixão da moçada alvoroçada. Pés descalços, ágeis como a alegria da chuva no telhado de telhas vãs somos muitos. 

Obra Dança. Grupo Matizes Dumont. 2006.

Obra Dança. Grupo Matizes Dumont. 2006. Clique Aqui Para Acessar a Obra.

 

Tem momentos que danço de mãos entrelaçadas e posso sentir o aconchego. Outras vezes é  quando a vida brinca de roda e ainda assim pode ser um dançar de mãos entrelaçadas.  

Na festa às vezes danço sozinha, ao vento, e posso experimentar alegrias também. Rodopio no chão batido, na calçada da festa, nas pedras da praça – não importa. No viver e no bailar prefiro ser intensa, propensa às voltas e sempre em roda. Em cada roda e meia volta é a pirueta que escolho entre risadas.

Obra Dançando. Grupo Matizes Dumont.

Obra Dançando. Grupo Matizes Dumont. Clique para Acessar a Obra.

Dançar, bordar  e bailar com vontade de viver! oportunidades na ponta dos dedos ou na sola dos pés para sorver letra e música entrelinhas e passos nem sempre leves. A dança, essa belo conexão entre corpo em movimento e o todo me toma e me leva. Em abraços ou sozinha, a dois ou em grupo é sempre arrebatamento puxando as risadas, recriando os passos. 

Recorte Mandala dos Orixás. Mostra uma mulhar realizando a Dança da Vida.

Recorte Mandala dos Orixás. Matizes Dumont. 2005. Clique para ver obra Completa

No baile da vida estão conectados os sutis fios e linhas – uns da vida outros da imaginação. As duas envolvem um movimento apaixonado e de entrega total. Assim como a dança requer a presença plena do corpo e da mente, a vida também nos convida a vivê-la com plenitude. Nessa integralidade a força, e o ritmo são todos eles seus, com a fluidez e a espontaneidade necessárias… 

Isso é assunto pra continuar em outro dia. 

Por hoje vou ficando por aqui, que a noite promete danças de estrelas cadentes e alinhamento de planetas. Olho pela janela do tempo e derrepente lembro da  instigante frase, de pessoa desconhecida, às vezes atribuída Friedrich Nietzsche: “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.”  

A frase é surpreendentemente bela e não importa mais de quem seja. Qualquer que seja o ritmo, olho em volta e… dançar é preciso!   

Brasília, 04 de julho de 2024 

assinatura Marilu Dumont

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1 Comentário

  1. Neli Caldeira Duarte

    É fascinante ler Marilu e ver o escrito bordado.

    Responder

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