“Havia um rio e em volta dele havia tudo o que há e deve haver ao redor de um rio. E em cima e embaixo, e de um lado e do outro. Por cima do rio havia um céu sem fim. E as nuvens do céu ali estavam, entre o céu e o rio que havia ali. O céu imóvel e as nuvens voantes, avoantes, passageiras. E havia o vento que movia as nuvens e as nuvens e o mover das nuvens era o que fazia ver o vento. Às vezes uma coisa só se vê no rosto de uma outra”. (Carlos Rodrigues Brandão)
Quando ouvimos ou lemos a expressão “bordado livre” pela primeira vez, uma pergunta fica solta no ar. Livre de que? É simples: livre de obrigatoriedades como esquemas geométricos ou telas com marcas pré-definidas para todos os tipos de bordados. No bordado livre à mão você pode escolher o motivo que quiser, fazendo os riscos ou decalques no tecido. Em outras palavras, o risco é por sua conta. Mas o mérito do sucesso será todo seu.
O bordado livre permite que você borde os mais variados pontos de bordado. Podemos citar alguns, dentre os mais usados: o Pontos Atrás, Haste, Matiz, Cheio, Caseado, Rococó, Sombra, Paris, Alinhavos, Correntinha, Chavão e outros. O mais interessante na técnica do bordado livre à mão é mesmo a liberdade, pois até os pontos clássicos podem ser reinventados em momentos de inspiração.
A criatividade será seu guia, mas onde buscar inspiração? Nós, artistas do Grupo Matizes Dumont, aprendemos bem cedo que a natureza é a professora maior de quase tudo na vida. Com uma infância rica em brincadeiras e cenários que só a vida ribeirinha oferece, fomos alfabetizados na leitura da paisagem. Nuvens claras, sol aberto. Nuvem escura, chuva por perto. Sob olhares atentos de nossa mãe Antônia, entre um bordado e outro, um banho de rio, uma brincadeira de roda, uma fruta no pé.
O pano de fundo dessa vivência era um estado de permanente contemplação. Uma expectativa ingênua e confiante de que o belo está sempre esperando ser visto e, em nosso caso, ser bordado. Para nós, bordar sempre foi um exercício de liberdade para criar. Foi assim que ousamos capturar as belezas da natureza em telas. É o que chamamos de “quadros bordados”.
“O nosso bordado é feito à mão, é espontâneo e cheio de movimentos. Para preservar estas características cada tela é exclusiva e feita no “tempo de bordar belezas”, pacientemente e amorosamente. São telas bordadas em diferentes tamanhos e materiais expressando o real no irreal, expressando o povo as águas, a terra e a nossa cultura”. (Demóstenes Dumont)
Então, o que podemos dizer para quem quer se aventurar nas teias do bordado livre? Em primeiro lugar, não tenha medo de mergulhar nessa liberdade toda. Assegure-se das técnicas e selecione alguns pontos próprios de bordados para iniciantes (como Ponto Cadeia, Ponto de Haste, Ponto de Nó), cerque-se de um bom material e pratique a arte da observação.
Qual vai ser o motivo ou o objeto de seu bordado? Digamos que sejam flores. É melhor bordar uma flor que você nunca viu nem sentiu o perfume, ou a flor que você vê na praça do bairro, por exemplo? Vida é o que importa. Técnica todos podem aprender. Um bordado com vida é eloquente. Fala além do que os pontos dizem. E para começar bem sua carreira de iniciante, acompanhe as dicas de nosso blog.
Gosto muito de receber os e-mail’s, pois trazem informacoes que nos acrescentam muito.
Muitas descobertas e muitos desafios para bordar.
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Muitas descobertas e muitos desafios para bordar.
Continuo a achar que os trabalhos que nos mostram,,,,,,,,,,,,,,,,são lindos e inspiradores……………….é que apetece mesmo pegarr na agulha ………..nas linhas…………..e navegar……navegar,,,,,,,,,,,na imaginação no momento!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
obrigada pela motivação…………………que a mim me inspira!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Trabalhos encantadores e motivadores. Divido meu tempo livre entre ler e bordar. E haja tempo livre ! Cada vez quero mais. Obrigada pela companhia que seus vídeos nos trazem.
Como é inspirador ler os artigos de Marilu. Não perco um.
12/07/22 o bordado matiz é lindo e vocês executam perfeitamente. Parabéns! Com os seus ensinamentos, vocês conseguem ajudar quem está doente de depressão e outras enfermidades. O bordado é um ótimo antidepressivo. Deus abençoe vocês!
Os bordados da família Dumont são pura inspiração! São cores, fios , pano e alegria!